29 de Outubro de 2013

Prevenção é Segurança: Outubro Rosa em uma Empresa de Segurança

Renata De Luca

O que uma empresa de segurança e equipes de saúde que trabalham com câncer de mama tem em comum? Essa foi uma reflexão após a excelente visita que o grupo “Amigas do Peito” fez à sede do Grupo Segurança na última sexta-feira, dentro do programa “Calendário da Saúde”, organizado pelo Serviço de Medicina e Segurança do Trabalho.

A resposta é que ambos partilham da mesma dificuldade: trabalhar com prevenção. Em segurança, o conceito de prevenção para minimizar riscos é uma tecla batida inúmeras vezes, visto que o comportamento mais comum é que a busca por segurança aconteça somente após uma intercorrência desagradável ou pelo menos, a ameaça dela: a residência ou estabelecimento só são protegidos com alarmes monitorados após a tentativa de furto, o comportamento só muda após o susto ou a relação custo/benefício é repensada sobre outra ótica após a perda de bens preciosos. Investir em segurança faz parte daquelas coisas desagradáveis que muitos deixam para depois, com a esperança que nada irá acontecer.

Com o câncer de mama, acontece algo parecido. O prognóstico da doença depende diretamente do estadiamento da doença, portanto a prevenção e o diagnóstico precoce são  fundamentais, visto que sabemos que existem fatores de risco individuais, ambientais e hereditários. Entre os fatores do primeiro grupo, a idade é um ponto a ser destacado, visto que 47% dos casos ocorrem em mulheres que tem entre 41 e 50 anos de idade e 21% nas que tem entre 51 e 60 anos.

O ideal de qualquer doença oncológica é que ela seja encontrada antes que dê sinais e para o câncer de mama isto é possível através do auto-exame, da visita anual ao ginecologista e da mamografia de controle após os 40 anos de idade. Aliás, a Lei Federal 11.664, de abril de 2008, garante a todas as mulheres brasileiras com mais de 40 anos o direito à realização da mamografia pelo Sistema Único de Saúde, sem custos. Esse exame é fundamental, pois detecta tumores abaixo de 5 mm e permite a intervenção na fase inicial da doença, se confirmado o diagnóstico após a biopsia.

Também sabemos que os hábitos de vida interferem no desenvolvimento de doenças e a velha recomendação de uma dieta balanceada, prática rotineira de exercícios físicos, moderação nas bebidas alcoólicas e distância do fumo e das drogas não é segredo para ninguém. No entanto, há um hiato entre saber e mudar hábitos antigos através da conscientização.

Nesse sentido, o movimento “Outubro Rosa” ganha corpo a cada ano, com mais adesões e participação de pessoas que buscam despertar a conscientização da importância do diagnóstico precoce. Certamente no futuro, colheremos os frutos positivos desse trabalho.

O resultado do encontro entre esses dois grupos (empresa e saúde) é a campanha “Prevenção é Segurança”, que busca através da mídia despertar a atenção da população para algo tão evidente, mas ao mesmo tempo tão negado: o fato que prevenir remedia o sofrimento, seja ele de qual natureza for.

 

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