5 de Abril de 2013

Assédio Moral

 

Considerado uma forma de abuso de poder, o assédio moral ocorre quando uma das partes, propositalmente e reiteradamente, denigre a imagem de um subordinado, através de atitudes opressoras.

Modelos de chefias autoritárias, que sustentam suas lideranças através do medo e de ameaças, sem gestão participativa e que creem na punição como forma de corrigir as atitudes, são cenários propícios para situações de assédio moral.

Alguns exemplos são:

- Expor o funcionário diante dos colegas com críticas ofensivas, não construtivas ou humilhantes.

- Abuso de ingerências, desqualificando a figura do líder para seu grupo.

Chamar a atenção em público diante de colegas, em corredores, refeitórios ou outras áreas de uso comum no ambiente de trabalho.

- Isolar um colega, deixando-o propositalmente a parte de conversas, programas ou decisões do grupo de trabalho, tratando-o como um “peso morto”.

- Liderar com base no “Te pago para fazer e não para pensar” ou “Apenas execute porque sou chefe e estou mandando”, ou frases e atitudes parecidas com essas que reforcem um abismo entre o gestor e a operação.

-Broncas, ameaças e humilhações constantes.

Como em toda dupla humana, sempre há dois lados nessa parceria e o assédio moral ocorre porque há permissão –mesmo que implícita- da outra parte, que mesmo sofrendo, não veda esse tipo de situação. A personalidade do assediador gira em torno do autoritarismo e a do assediado em torno da auto-estima sofrível, vitimizada e incapaz de se defender.

Ambos precisam de ajuda e cabe aos profissionais de RH identificarem e intervirem para que essas situações não se instalem, pois não é possível que o trabalho frutifique em um ambiente insalubre como no que ocorre situações de assédio moral.

Para concluir, importante não generalizarmos o termo e não tornarmos patológicas toda relação de desigualdade. Para se caracterizar assédio moral existem regras claras. Também nessas situações não é possível pensarmos de maneira dual, reducionista, colocando a culpa de um lado e a solidariedade do outro. Como escrito anteriormente, as duas partes tem suas responsabilidades e em casos patológicos, essas relações podem durar muito tempo, com a conivência de ambos.

 

Renata de Luca

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