18 de Novembro de 2016

Atenção aos aspectos legais da terceirização de segurança patrimonial

O Brasil é um dos países mais inseguros do mundo. De acordo com informações do Índice de Progresso Social (IPS), ele ocupa a 11º posição entre os países mais perigosos - numa avaliação que envolve 132 países. Dados do relatório informam também que a violência é o principal item que puxa para baixo o desempenho do país.

Optar pela contratação de uma empresa especializada em segurança patrimonial tem sido tendência para as organizações. Porém, é preciso contratar uma empresa de qualidade e assim evitar vários riscos que podem envolver trabalhar com uma companhia inidônea, pouco estruturada ou inexperiente.  Veja alguns deles a seguir:

1- Contratar uma empresa inidônea

Há muitas empresas especializadas que são inidôneas e atuam de forma ilegal no mercado de segurança patrimonial. São companhias que não cumpriram as exigências legais para operar e/ou aquelas que não renovaram as licenças exigidas pelo órgão fiscalizador, a Polícia Federal. Contratar um vigilante sem a formação obrigatória, com a carteira nacional de vigilante vencida ou utilizar armas e coletes fora da validade pode trazer inúmeros problemas para as empresas que terceirizam o serviço, pois ao terceirizar, elas se tornam co-responsáveis pelas atividades. Para não ter surpresas, cheque e exija documentação da empresa contratada. Entre as principais informações estão: portaria de autorização de funcionamento expedida do DPF (Departamento da Polícia Federal); revisão de autorização de funcionamento; certificado de segurança; reciclagem a cada dois anos dos vigilantes, exames de saúde física e mental dos vigilantes, certidões negativas de INSS, FGTS, impostos municipais, estaduais e federais. Para aferir a idoneidade da empresa, cheque a situação das certidões junto à Prefeitura, Receita Federal e INSS.

2- Empresas que têm funcionários com reputação duvidosa

Contratar uma empresa terceirizada que tenha reputação duvidosa pode ao invés de garantir a segurança dos funcionários e patrimônio da sua empresa elevar o risco à criminalidade. Isso acontece porque a terceirizada pode não ter um bom processo seletivo e ter falhas no recrutamento. Uma empresa de segurança patrimonial de confiança deve ter nas boas práticas (seleção e atualização de profissionais) de Recursos Humanos um dos seus principais valores, pois é a segurança por meio de profissionais que a faz existir. Para minimizar essas questões é importante que a empresa realize uma investigação social do candidato ao posto de trabalho, faça uma extensa análise de currículo, verifique o histórico de reciclagens e cursos de aperfeiçoamento e até mesmo entre em contato com ex-empregadores do profissional.

3- Riscos de fuga de informações e sabotagem  

Instalar os equipamentos de segurança e monitoramento dentro da empresa é uma forma de combater que informações importantes sejam vazadas e sabotagens realizadas. Isso pode acontecer devido aos vários tipos de público que frequentam a empresa todos os dias. Por isso, é preciso estar certo da estratégia e prezar pelo serviço customizado de uma empresa especializada para evitar e saber conduzir essas situações.

4- Insatisfação e clima interno

Neste caso, a contratação de uma empresa altamente profissional e especializada ajuda no monitoramento do ambiente da empresa por meio da instalação de equipamentos de segurança como câmeras de vigilância, por exemplo. Com a segurança adequada atentando ao patrimônio e ao bem-estar das pessoas, os funcionários se sentem protegidos, tornam o clima da empresa melhor e trabalham mais satisfeitos.

5- Clandestinidade

Uma empresa que faz a prestação de serviço na área de segurança patrimonial bem como aquela organização que opta por fazer a segurança internamente seguem normas rígidas da Polícia Federal. Por isso, muitas vezes, o que faz uma empresa se tornar clandestina é simplesmente não ter conseguido renovar uma das várias exigências impostas pelo agente regulador. Para se ter uma ideia, os riscos envolvem problemas e passivos trabalhistas, pois uma empresa clandestina não pode registrar funcionários (ao menos não na função certa) - lembrando que a contratante é co-responsável pela atividade da contratada. Os funcionários de uma empresa clandestina também estão mais expostos à falta de atualização e reciclagem, pois se a empresa mal tem autorização para exercer sua atividade como acreditar que ela investirá em seus profissionais?

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