Regularização de freelancer para policiais militares em casas noturnas

Em Curitiba, após um jovem de 25 anos ser agredido por um segurança de boate e ter sua perna amputada devido os ferimentos, uma comissão formada por proprietários de casas noturnas, empresas de segurança privada e representantes do Poder Legislativo se reuniram para discutir as condições de segurança oferecidas nos bares e boates da cidade.

 

Muitos seguranças de casas noturnas da capital paranaense são militares, que nas horas de folga fazem esses trabalhos extras. Diferente de São Paulo e Rio de Janeiro, em todo o Estado do Paraná essa prática é proibida, porém é defendida por membros da Associação de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR). “Não posso chegar aqui e falar que isso não acontece. Acontece sim e precisamos regulamentar essa situação com base na legislação para normatizar essas questões”, declara o presidente da entidade, Fabio Aguayo, na reunião que aconteceu na Assembléia Legislativa, com a Comissão de Direitos Humanos da casa e o Sindicato de Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes).

 

Em oposição à Abrabar-PR, o presidente do Sindivigilantes, João Soares, não concorda em legalizar a permissão aos policias para o trabalho paralelo. “A PM existe para proteger a população e os seguranças para resolver situações em ambientes particulares. “São coisas completamente diferentes”, expõe Soares. Para o presidente do sindicato, um dos grandes problemas nessa proposta é o fato destes profissionais não estarem preparados para atuarem nesses ambientes. “São verdadeiros leões de chácara. É preciso capacita-los”, salienta.

 

A comissão de Direitos Humanos da Assembléia defende que primeiramente deve-se analisar os fatos e receber sugestões. “Hoje não sabemos como é feita a fiscalização dos seguranças nas casas noturnas e nem com que freqüência ela é feita. Também temos que analisar como esses profissionais são capacitados”, afirma o presidente da Comissão, deputado Tadeu Veneri (PT).

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