Agronegócio: impactos e benefícios da segurança para o setor
3 de Junho de 2022

Agronegócio: impactos e benefícios da segurança para o setor

O Agro existe há mais de 10 mil anos e foi o primeiro negócio da face da terra. No Brasil a primeira grande evolução da agricultura começou com Dr. Alysson Paolinelli, responsável pela modernização da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Hoje, movimenta bilhões de reais e representa aproximadamente 30% do PIB nacional, isso porque o Brasil é considerado um dos maiores exportadores do mundo devido ao clima tropical favorável que gera grandes safras de soja, milho, café e gado.

Com todo esse crescimento, é inevitável que tanto o setor quanto o agricultor se atualizem. Não basta entender apenas do agronegócio, é necessário conhecer um pouco de tudo. “O agricultor, atualmente, entende de financiamentos, commodities, sabe quanto a soja está sendo negociada lá em Chicago. O ser humano agro começou a adquirir mais conhecimento, ele precisou disso. Hoje uma fazenda é uma empresa”, afirma o especialista em segurança no campo, Carlos Zumerle.

E não é só isso. É tanto conhecimento e inovação, que o segmento já está caminhando para tecnologias 5.0 – mais inteligentes, capazes de captar e monitorar dados em tempo real, conectados a dispositivos que fazem parte do cotidiano das pessoas e empresas.

A importância da segurança no Agro

E é devido a essas tecnologias que a segurança se faz parte importante para o agro. A modernização e chegada dessas novas tecnologias atraíram quadrilhas para o campo, gerando as perdas tangíveis – furtos de peças, máquinas (tratores), abigeatos (roubo de animais de campo), insumos e produções das colheitas: soja, milho e, principalmente, o café, por ser um dos produtos mais caros – e perdas intangíveis – que é o impacto da tangível, exemplo: quando um trator ou insumo é roubado, a safra é comprometida, pois não terá como o agricultor realizar o plantio.

E é por isso que a segurança só traz benefícios aos agricultores e ao próprio setor. Mas, não aquela só feita por câmeras de monitoramento ou drones. É preciso pessoas qualificadas que entendam o negócio e saibam avaliar as áreas de risco, equipamentos, instalações ou locais críticos.

Um projeto de segurança com processos bem definidos reduz as perdas do agro. Rotinas de rondas, controle de acesso e equipes bem treinadas auxiliam na mitigação dos riscos e evitam prejuízos financeiros aos agricultores. É necessário “saber o que é uma fazenda, entender de agropecuária, como funciona. Porque segurança não é só cercar 300 hectares de terra. É saber onde estão os valores. Normalmente eles estão na sede. Mas ela está bem protegida? As fazendas grandes, por exemplo, têm mais de uma sede. Onde elas guardam seus produtos? Tem que conhecer, estudar suas operações e saber se tem conectividade para atuar.”, garante o especialista. 

E essa é a maior dificuldade que existe em trabalhar a segurança no segmento hoje – a inexistência do fator humano. “Falta um Gerente de Segurança no agro, alguém que saiba como funciona e que tenha conhecimento e envolvimento”, declara Zumerle. 

Mesmo com tantas tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas, IOT – uma rede de objetos físicos, tais como computadores conectados à internet e com possibilidade de reunir e transmitir dados à disposição para realizar segurança nos ambientes, não podemos esquecer da importância da mão de obra humana que comanda essas máquinas.

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