Todas as instituições financeiras são obrigadas por lei a adquirir um sistema de segurança eficiente e contratar pessoas preparadas para cuidar da proteção do local – os vigilantes. Esses profissionais são essenciais para que os clientes e usuários possam efetuar transações sem riscos e preocupações.
Diferente dos vigias, que não necessariamente precisam ter uma preparação especial, os vigilantes passam pelo Curso de Formação para Vigilantes e recebem um certificado mediante aprovação. Além disso, ainda precisam atender diversos requisitos como: ser brasileiro, ter no mínimo 21 anos, possuir instrução mínima, não apresentar antecedentes criminais, ser aprovado em exames de saúde mental e física, entre outros. Tudo isso sob a supervisão do Departamento de Polícia Federal.
Apesar de não haver um treinamento específico para vigilantes bancários, hoje os centros de formação já contam com instruções destinadas a esses profissionais. Isso porque dentro do âmbito da segurança, essa é uma das funções mais desafiadoras – é preciso ter responsabilidade, integridade e capacidade de tomar decisões em momentos de alta pressão e risco.
Para ser bem-sucedido nessa função, o vigilante bancário deve seguir à risca as normas e procedimentos da instituição em que trabalha. Muitas vezes essa rigidez pode ser considerada pelos clientes como falta de cordialidade, porém é importante lembrar que ele está prezando pela proteção de todos ao colocar seu treinamento em prática de maneira rigorosa.
Os vigilantes que atuam em bancos devem posicionar-se em pontos estratégicos, que permitam um amplo ângulo de visão e protejam sua retaguarda. O fator surpresa é muito usado por criminosos e a única forma de evitar isso é não se permitir momentos de distração. Ele deve evitar engajar em conversas com os clientes, não se aproximar muito dos vidros da agência e não se distrair com comoções no geral.
Em empresas de outros segmentos a segurança com armamento é opcional, mas no caso de bancos ela é obrigatória e suas regras de uso são as mesmas dos postos armados. Cabe ao vigilante zelar pelos equipamentos (armas, munições, coletes, rádios etc) e comunicar o supervisor, de imediato, em caso de qualquer anormalidade.
Outra função dentro de seu escopo é gerenciar a porta giratória: ele deverá garantir que as regras de entrada serão cumpridas (como por exemplo, proibir que duas pessoas entrem ao mesmo tempo), realizar uma checagem diária para testar o funcionamento do sistema, se atentar a irregularidades e manter-se atento quando nesta posição.
Pela natureza do negócio, a rotina de vigilância nos bancos é mais complexa do que a vigilância de outros estabelecimentos – é preciso estar sempre alerta. E algumas situações ainda potencializam o risco e exigem dos profissionais atenção redobrada, como quando o dinheiro está sendo transportado. Esses momentos de deslocamento, muitas vezes, são os escolhidos por criminosos para os roubos, portanto é ideal evitar padrões, escolhendo horários alternativos e ocasiões de menor movimento na agência.
É essencial que os bancos entendam a importância de contratar equipes especializadas, com vigilantes bem treinados e equipamentos de qualidade. Em um ambiente onde há tanta movimentação de dinheiro e pessoas, a segurança deve vir sempre em primeiro lugar.