5 de Junho de 2017

Tendências de vigilância para os próximos anos

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2016, o Brasil deve continuar seguindo o exemplo de diversos países do mundo, especialmente os mais desenvolvidos, que têm apresentado expansão significativa no segmento de vigilância e segurança patrimonial.

Já é possível acompanhar um crescimento marcante nos últimos anos, uma vez que o setor triplicou na última década, chegando a faturar R$ 50 bilhões em 2015 (dados da Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transporte de Valores - Fenavist).

Acredita-se que o clima de insegurança – o País é um dos mais violentos do mundo, registrando uma média mensal de 4.647,3 assassinatos, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgados em 2016 – e o descrédito em relação às Políticas de Segurança Pública podem continuar impulsionando a terceirização da segurança patrimonial. Uma vez que a demanda por esse tipo de serviço só deve crescer, existirão cada vez mais empresas de vigilância disputando espaço no mercado.

O futuro da segurança patrimonial

As empresas não demandam apenas por profissionais habilitados, mas sim especializados. A exigência por um nível elevado de especialização é crescente pelo mercado e os vigilantes devem ser treinados não somente para realizar as suas funções, mas também para adquirirem e/ou aprimorarem habilidades que tenham aderência ao negócio dos clientes.

Um exemplo disso é o curso de Segurança em Grandes Eventos, que tem sido bastante procurado. Antes, o principal requisito para trabalhar com a segurança de festas e eventos era ter a formação de vigilante, mas após a Copa do Mundo, se o evento tiver mais de 3 mil pessoas, a certificação no curso direcionado para grandes eventos também é necessária.

Além disso, existem outros cursos de especialização como Segurança Pessoal Privada, Escolta Armada, Transporte de Valores, entre outros. A tendência é que as Academias regulamentadas procurem aumentar seu portfólio de cursos de extensão para que os vigilantes possam se especializar cada vez mais. Contudo, não podemos aferir em quanto tempo isso acontecerá, pois os cursos devem ser, primeiro, aprovados pela Polícia Federal.

O mercado de Segurança Eletrônica também é promissor: segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança - ABESE, o setor registrou em 2016 faturamento de R$ 5,7 bilhões, com crescimento de 5% em relação ao ano anterior e previsão de aumento de mais 5% em 2017. Atualmente, a segurança eletrônica gera 240 mil empregos diretos e mais de 2 milhões de empregos indiretos.

As principais tecnologias que compõem esse mercado são videomonitoramento (47%), sistemas de intrusão/alarmes (24%), controle de acesso (24% - incluindo portaria remota) e detecção e combate a incêndio voltado para a segurança eletrônica (5%).

Acompanhando o aquecimento do setor, acredita-se que as terceirizadas aumentarão o investimento em sistemas eletrônicos de segurança. É provável que, com mais opções disponíveis, os preços caiam e mais empresas possam usar a tecnologia como apoio aos efetivos de segurança privada.

O futuro também reserva algumas mudanças, como a reformulação de algumas políticas de vigilância e segurança patrimonial. O novo Estatuto da Segurança Privada, projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados no final de 2016 que normatiza a atuação das empresas de segurança privada e de transporte de valores, traz também algumas novas conceituações e exigências, ao definir tipos de serviços que podem ser prestados e capital mínimo para obtenção da autorização de funcionamento. Após a publicação como lei, as empresas de segurança privada terão três anos para se adaptar às regulamentações.

Se está pensando em terceirizar a segurança patrimonial da sua empresa, é importante saber qual é a previsão para o segmento nos próximos anos. A partir des informações apresentadas neste texto, você será capaz de fazer a escolha mais acertada ao optar por um fornecedor qualificado e atualizado.

 

Gostou? Compartilhe